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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Carnaval, reggae e Aracajú - POR LUCIANO CERQUEIRA


Salve, salve... reggaeiros-brothers-amigos-carnavalescos. 04 horas da madruga, aqui estou, em Aracaju, na varanda do apê de Marcão e Karol. Ele se despediu há pouco, não "guentou" o tranco, depois de muitas cervejas e doses de whisky. Ele prometeu uma "revanche" mas acho que não fala sério. Sigo assistindo "LEGEND", um vídeo clássico para quem quer conhecer um pouco mais da história do grande "profeta" e "guerreiro do terceiro mundo", Bob Marley.


A cada dia que passa me convenço de que "o cara" era realmente especial. Sua mensagem é atual e sua música um instrumento de libertação da mente. Bob não tinha vaidade e o sucesso não era sua meta. Bob tinha um ideal e foi fiel a ele até o fim. Sua roupa rasgada e puída, nos mostra que a casca é frágil e insignificante, a mensagem é o que existe de real e inestimável valor. Distante dos acordes momescos e suas insignificâncias - perdoem-me os foliões que fazem do carnaval sua religião; não os condeno pois vejo na alegria do reinado de Momo a "anestesia" das dores cotidianas (o ópio do povo); o momento em que todos são iguais, ricos e felizes...mesmo que por poucos dias - deleito-me com o reggae e sua mensagem de amor, tolerância e paz. Ouvindo reggae me convenço de que não podemos mais adiar o que se nos apresenta urgente e clama por uma resposta sem rodeios e dissimulações. Temos que levantar, abandonar o comodismo, gritar, transformar, "colocar nossa gota para apagar o incêndio" da destruição moral e ética da sociedade. Podemos comemorar a "lei da ficha limpa" mas a responsabilidade de jogar o que é "sujo, imoral e degradante" na lata do lixo é nossa. Já são quase 05 horas da manhã, continuo assitindo Bob, sem sono, tomando uma cerveja e deixando o tempo passar... Sinto falta de meu violão... "Não sou o anjo da morte, sou a criança da vida" (Bob Marley).