A Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), unidade
da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), lança o projeto Ação Poética nas Comunidades, que se
propõe a levar a poesia, em sua diversidade de estilos e abordagens, a
comunidades populares de Salvador. A estreia foi remarcada para o dia 25 de março
(domingo), das 15 às 19 horas, na comunidade do Solar do Unhão, na Avenida
Contorno, localizada ao lado do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA),
apoiador desta primeira edição. O evento é gratuito, aberto ao público, e terá a
participação de poetas e coletivos que levarão performance, poesia audiovisual,
saraus, oficinas, hip hop, grafite, instalações poéticas, leituras, declamações
e uma série de atividades envolvendo esta arte. O Ação Poética nas Comunidades ainda convoca o público a doar livros
para colaborar com a criação da biblioteca comunitária local.
Poetas que geralmente não se encontram unem-se em uma
diversidade ímpar, desejando compartilhar democraticamente de sua arte. Assim,
todos vão experimentar de um ambiente rico em palavra e paisagem, numa das mais
belas vistas da capital baiana. Junto aos moradores e amigos da comunidade do
Solar do Unhão, estarão Kátia Borges, Karina Rabinovitz, Nílson Galvão, Silvana
Rezende, Zemário, Valdeck Almeida (do Coletivo Fala Escritor), Douglas de Almeida
e o grupo infantil Isto e Aquilo, da Biblioteca Betty Coelho, Coletivo
Blackitude com Nelson Maca e convidados, o Coletivo Poesia Além das 7 Praças, o
grupo Sextas Poéticas, o poeta cachoeirense João Vanderlei de Moraes Filho, o
poeta Uilians Souza, Raiça Bomfim e o poeta advogado Marcos Peralta. Ainda
marcarão presença o Projeto Linha do Abraço, do MAM, Carolina Sá e Roseli
Amado, artistas que compõem a equipe do MAM, e os integrantes da coordenação de
Literatura da FUNCEB: a coordenadora Milena Britto e o assessor Rodrigo
Figueiredo, garantindo a aproximação efetiva da Fundação Cultural.
Depois da estreia, outras novas edições do Ação Poética nas Comunidades serão
realizadas ao longo do ano, na pretensão de fazer intervenções artísticas e
sociais em zonas que apresentem tensão social, problemas de violência e escassez
de bens culturais, proporcionando um tempo e um espaço para reflexão, sob o
encanto da palavra poética. Cada vez mais assumida como uma arte
interdisciplinar e com inúmeras possibilidades de abordagem, a poesia extrapola
os espaços canônicos e invade praças, ruas, becos, favelas, bares, muros etc.,
deixando a cidade mais colorida, mais leve e mais humana.