foto: Felipe de Paula |
O Improviso, Oxente!,
projeto de debates do Teatro Popular de Ilhéus (TPI), continua abordando
assuntos ligados ao tema central: “A Ilhéus que queremos”. Misturando falas de
especialistas a improvisações teatrais e musicais, na noite desta terça-feira
(11), a iniciativa receberá a gestora de projetos do Sebrae, Claudiana
Figueiredo. Ela abordará o subtema: “Economia local dinâmica, criativa e
sustentável”. As discussões são abertas ao público e começam a partir das 19 horas.
Na última terça-feira (04), o Improviso,
Oxente! recebeu três especialistas para falar sobre “Planejamento e
desenho urbano (melhor mobilidade, menos tráfego)”. Estiveram presentes o
arquiteto urbanista Alan Dick Megi; o professor da UESC, Paulo Meliani e a
arquiteta do projeto Cidade Bicicleta da Companhia de Desenvolvimento
Urbano do Estado da Bahia (Conder), Adriana Pires. As discussões foram mediadas
por Morgana Krieger, diretora do Instituto Nossa Ilhéus, entidade parceira
desta edição do projeto.
As falas foram abertas pelo professor
doutor Paulo Meliani. Ele explicou que a grande questão do trânsito começa no
consumo e é preciso desestimular a compra de carros como símbolos de sucesso. O
geógrafo falou que é preciso desalienar as pessoas sobre a necessidade do
consumo, através de projetos de educação e cultura, estimulando a coletividade
do uso do espaço. “Deve-se primeiro pensar nas pessoas antes dos carros”,
complementou.
Para o arquiteto urbanista Alan Dick,
resolver mesmo quem tem um automóvel depende da circulação do transporte
público e investir nisso contempla motoristas e pedestres. “Ilhéus não faz
planejamento urbano há, pelo menos, oito anos. São necessários ajustes de leis
complementares, que nunca funcionaram adequadamente”, relatou.
A arquiteta da Conder, Adriana Pires,
apresentou o projeto Cidade Bicicleta, que prevê a interligação do espaço
urbano através de ciclovias. Segundo a especialista, o Brasil é o terceiro
maior fabricante de bicicletas do mundo e Curitiba é a cidade com mais
ciclovias, tendo 119 quilômetros. No exterior, o uso da bicicleta é mais
popular e incentivado pelo governo com a construção de locais apropriados para
pedalar. A cidade alemã de Munique possui 1.400 quilômetros de ciclovias, por
exemplo. “Ilhéus está dentro da área de interesse do projeto, que é financiado
pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal”, adiantou.
Iniciada em julho deste ano, esta
edição do Improviso, Oxente! tem como tema geral “A
cidade é movida pela cultura” termina no final deste mês. As propostas
abordadas ao longo do projeto serão incluídas em um livro publicado pela
Mondrongo, editora do TPI. A obra será entregue ao prefeito eleito como
sugestões para seu projeto de governo.
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