foto: Flávio Rebouças |
O Grupo Teatro/Circo Maktub completa,
neste mês de março, 11 anos de estrada e vem, cada vez mais, se firmando no
meio cultural grapiuna. Sob a direção de Fábio Nascimento, que nos concedeu uma
entrevista, os integrantes já montaram cerca de 5 espetáculos teatrais e
diversas intervenções artísticas.
Fundado
inicialmente com a ideia de produzir performances que mesclassem dança e teatro
para festas e eventos, o grupo sempre desenvolveu seus espetáculos fundamentados
em pesquisas com o intuito de enriquecer as apresentações. Buscando difundir a
arte da encenação, o grupo também realiza oficinas e interferências teatrais em
bairros periféricos. O nome Maktub
foi sugerido nos primeiros esquetes de dança do ventre, que na cultura árabe
significa “está escrito”.
Com
o projeto Ilheenses Amados, o grupo desenvolve espetáculos a partir das obras
de Jorge Amado. Inspirados nos romances Terras
dos Sem Fim, São Jorge dos Ilhéus e Gabriela, Cravo e Canela surgiram as
peças Histórias de Cabaré e Das Matas ao Progresso. Com
apresentações no Espaço Cultural Bataclan, Histórias
de Cabaré já alcançou mais de 500.000 expectadores e vem, desde 2004,
encantando ilheenses e turistas.
Fábio
Nascimento conta que a maioria das pessoas da região pensam conhecer as
histórias de Jorge Amado “o público daqui renega um pouco essa história: “ah,
eu já conheço” dizem eles, mas não sabem, sabem vagamente o que assistiram da
novela, mas o nosso teatro sempre foi
ligado a literatura, nossa fonte de pesquisa sempre foi o livro”, salienta o
ator e diretor.
Percebendo
que humor é coisa séria, o grupo buscou na técnica do Clown (palhaço em inglês)
uma maneira de dialogar sobre diversos assuntos de forma descontraída. Com as
peças Homens ajudam homens?, A noite dos
Clowns e Hoje é dia de circo o
grupo consegue fazer o público refletir em meio a brincadeiras, palhaçadas e
confusões. A diretora e atriz sueca, Bim de Verdier relatou, após assistir o
espetáculo Homens ajudam homens?, que
a arte do palhaço está em boas mãos e consegue de forma lúdica ensinar valores: “A
possibilidade do ser humano se transformar, sendo palhaço ou senhor, sendo
criança ou adulto, se revela numa imagem, poética e esperançosa. Com os
palhaços de Homens
ajudam homens? fica
claro que a brincadeira e a arte são maneiras de investigar e melhorar o
mundo”, disse a mesma.
Andreza Mona
Bacharelanda em Comunicação Social- Rádio e TV
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