Na segunda-feira, 8 de abril, o
governador Jaques Wagner, o secretário de Cultura Albino Rubim e o presidente
da Caixa, Jorge Fontes Hereda, assinam acordo de cooperação que viabilizará
aporte inicial de R$ 1,5 milhão
O Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria
de Cultura (SecultBA) e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), assina
nesta segunda-feira, 8 de abril, às 14 horas, na sala de reuniões da
Governadoria, acordo de cooperação com a CAIXA Econômica Federal, representada
pelo seu presidente, Jorge Fontes Hereda. O ato, com a presença do governador Jaques Wagner, do secretário
de Cultura, Albino Rubim, e da diretora da FUNCEB, Nehle Franke, oficializa
o repasse de R$ 1,5 milhão para ser investido na continuidade do Programa de Apoio às Filarmônicas do Estado
da Bahia. O aporte garante os recursos para o primeiro ano da segunda fase
da iniciativa, a ser realizada em 2013-2014, tendo o maior banco público da
América Latina como patrocinador exclusivo.
Lançado em 2009, o Programa objetiva incentivar e valorizar a importante tradição
musical das filarmônicas do estado. Em sua primeira fase, mapeou 183
filarmônicas localizadas em todos os 27 Territórios de Identidade baianos,
sediadas em 170 municípios. Foi concedido apoio para 87 delas, distribuindo R$
4 milhões para aquisição de 1.262 instrumentos musicais e mais de 6 mil acessórios,
fardamentos e equipamentos de informática, além de conserto em mais de 500
instrumentos. Esta ação
teve impacto direto sobre 74 escolas de música, 4.219 alunos e 2.440 músicos de
toda a Bahia.
Nesta nova etapa, contribuindo para o suprimento das demandas materiais das
bandas e da qualificação técnico-profissional dos seus gestores e músicos, o Programa de Apoio às Filarmônicas do Estado da
Bahia amplia suas ações. Mais 30 filarmônicas serão diretamente apoiadas para
que se equipem com instrumentos e demais aparatos técnicos, e todas as bandas
cadastradas, sem exceção, serão beneficiadas com jornadas de qualificação musical para mestres, músicos e
regentes; publicação de um catálogo das filarmônicas da Bahia; encontros de
filarmônicas; criação de um site das filarmônicas; e lançamento de um DVD
didático como resultado das jornadas.
Permanecem na listagem do Programa as 96 filarmônicas que foram
mapeadas em 2009, mas que, por motivos diversos, não concluíram o processo de
credenciamento naquela primeira fase. Elas foram avaliadas por uma comissão
específica para validar as pontuações obtidas inicialmente, e as 30 mais bem colocadas
serão convocadas para que se apresentem à habilitação do recebimento dos
recursos, a partir da entrega de um plano de trabalho e dos documentos
necessários. Cada uma delas vai receber até R$ 30 mil, tendo então R$ 900 mil
dos recursos totais da segunda fase do Programa
destinados a este fim.
As filarmônicas desempenham um papel
fundamental na cultura baiana, sempre presentes em eventos cívicos, religiosos
e festas populares. Contribuem ainda para a educação musical de cidadãos
residentes nos municípios em que atuam e para a profissionalização de músicos e
sua inserção no mercado de trabalho local e regional. Além disso, as sedes de
muitas filarmônicas possuem boa parte da memória musical da Bahia. Estas
peculiaridades são especialmente importantes para as comunidades do interior do
estado, onde as filarmônicas representam um significativo meio de inclusão
cultural e social.
HISTÓRICO
– O Governo da Bahia
criou o Programa de Apoio às Filarmônicas
da Bahia considerando o cenário do mapeamento concluído pela FUNCEB em
2009, que resultou na atualização de informações relativas ao funcionamento de
183 filarmônicas na Bahia e permitiu o conhecimento das características e
demandas destes grupos.
A partir disso, em maio de 2010, estas
entidades foram convocadas para se credenciarem no Programa então desenvolvido, que executou o financiamento daquilo
que se revelou prioridade para o apoio à manutenção das filarmônicas:
aquisição, reforma e conserto de instrumentos; aquisição de acessórios para
instrumentos; aquisição de fardamento; e aquisição de equipamentos de
informática. Este tópico final foi incluído pela constatação de que menos de
10% das filarmônicas estavam inseridas no contexto digital – uma limitação para
as atuais formas de produção, difusão e consumo de música.
O lançamento do Programa foi então realizado com uma apresentação da Grande
Filarmônica na sala principal do Teatro Castro Alves. O grupo foi composto por
140 músicos de quatro filarmônicas (Sociedade Filarmônica Filhos de Apolo, de
Santo Amaro; Sociedade Filarmônica 2 de Janeiro, de Jacobina; Sociedade
Filarmônica União dos Ferroviários Bonfinenses, de Senhor do Bonfim; e
Sociedade Musical Oficina de Frevos e Dobrados, de Salvador), sob regência de
Fred Dantas.
Com o credenciamento, considerando
aquelas que se enquadraram diante de critérios de pontuação então definidos
pela FUNCEB, assim como da identificação de desimpedimentos legais e fiscais, foram
contempladas 87 filarmônicas, que receberam verbas entre R$ 26 mil e R$ 32 mil.
Destas, duas são de Salvador e as outras do interior do estado: uma intervenção
sociocultural em larga escala, de efetiva interiorização do fomento público,
contribuindo com a política de descentralização de recursos e dinamizando a cultura
em toda a Bahia.
Os gestores destas filarmônicas contempladas
também foram reunidos em Salvador e participaram do curso “Qualificação para
gestão, empreendedorismo e elaboração de projetos”, fruto de parceria entre a
FUNCEB e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
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