Das
três apresentações do espetáculo “O Mágico de Oz”, ocorridas neste final de
semana em Ilhéus, uma foi destinada gratuitamente a crianças carentes que vivem
no município e são atendidas por instituições filantrópicas ou programas
sociais. A decisão da agência de publicidade M21, produtora local do evento,
atende a um projeto desenvolvido desde o ano passado por diretores e
funcionários da empresa que têm destinado parte do tempo disponível para ações
sociais em comunidades carentes.
Na estréia (quinta, 15), cerca de 300
crianças de 11 instituições assistiram gratuitamente à maior produção teatral
infantil já vista em Ilhéus. Compondo o público, crianças do Grupo de Apoio e
Combate ao Câncer (Gacc), Associação dos Pais e Amigos dos Especiais (Apae),
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e de associações como, por
exemplo, a Associação Desportiva e Comunitária dos Amigos e Moradores da Vila
Freitas.
“Foi emocionante”, resume o
publicitário Marco Lessa, idealizador da iniciativa. “Cidadania se constroi com
conhecimento, com inserção social e oportunidade de oferecer a quem não pode os
mesmos direitos de quem tem uma vida melhor”, completou. Para a presidente da
Apae em Ilhéus, Maria do Socorro Diamantares, a idéia foi brilhante na medida
em que permitiu que a cultura de qualidade chegasse de forma indiscriminada.
“Uma iniciativa positiva para a empresa que realiza e um resultado fantástico
para aqueles que trabalham com pessoas carentes”, afirmou.
Maria de Fátima da Cruz e Catherine
Santana coordenam o projeto Casa da Leitura. Elas incentivam a leitura por
prazer, destinado ao público infantil, (crianças de 04 a 12 anos), e tem como
objetivo incentivar o hábito da leitura e estimular a criatividade através do
livro. O projeto surgiu da necessidade de ampliar e diversificar a leitura em
comunidades onde o acesso a esta atividade é pouco e restrita. Há um ano, o
'Casa da Leitura' realiza suas atividades no Vila Anália, um bairro periférico
de Itabuna, e busca atender às crianças desta e outras comunidades cujas condições de acesso ao livro são mais
difíceis. A estória do “Mágico de Oz” já havia sido lida por crianças do
projeto. Mas, finalmente, elas puderam vivenciar a estória, com imagens em
movimento. Elas também foram premiadas pela iniciativa.
Ao convidarmos estas instituições,
destaca Marco Lessa, abre-se também um leque de oportunidades. Muitas pessoas
que sequer sabiam da existência deste trabalho social, passam a conhecer e
admirar a iniciativa e muitos resolvem construir um novo olhar sobre
solidariedade e respeito ao próximo. “Queremos integrar cada vez mais. Este é o
princípio social da nossa empresa”, assegura. Com roteiro baseado na obra e
livro original de L. Frank Baum, as apresentações do grupo chamaram a atenção
pelo uso de tecnologia de última geração durante todo o espetáculo. Os três
dias foram de “casa lotada” por um público de toda a região. Esta foi a maior
produção de teatro infantil já recebida no sul da Bahia.
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