O sol morria no poente
Quando foi ao rio chegar
Um touro, velho, doente
Querendo a sede saciar
Eis que surge de repente
Da águas turvas, a silvar
Uma descomunal serpente
Pra cima do touro saltar
O pobre já todo enlaçado
Sem defesa é destroçado
Por este feroz animal
E a serpente traiçoeira
Que ali era estradeira
Jantou o touro afinal.