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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Israel Vibration: mais um exemplo de superação. Mais uma aula de reggae! - por LUCIANO CERQUEIRA*

Tal como nossa querida TRIBO DE JAH, a banda ISRAEL VIBRATION tem suas peculiaridades.O que era pra ser uma limitação, tornou-se preponderante para gerar uma música vibrante e cheia de alto astral, com mensagens fortes e ênfase na difusão das idéias da crença rastafari.
Vitimados pela Poliomelite – a nossa conhecida “paralisia infantil”, aquela que toda criança menor de cinco anos tem que tomar as gotinhas para evitar; CECIL SPENCER (Skelly) e LASCELLE BULGIN (Wiss),
naturais da Jamaica, conheceram-se ainda crianças no Centro de Reabilitação Mona, onde faziam tratamento. A deficiência física era apenas um detalhe mas não era isso que os tornava iguais; a identidade  entre ambos era, sem dúvida, o amor à música, em particular ao reggae.


Em 1978 gravaram seu primeiro album – SAME SONGS e não demorou muito para  a ISRAEL VIBRATION  passar a ser conhecida e, mundialmente reconhecida, como mais uma banda expoente da música reggae.


Em 1983, em pleno auge, o grupo se separou. Parecia ser o fim da banda. Felizmente, a separação durou pouco e em 1988, voltaram a se reunir, compor, lançar albuns e fazer shows. É deste período efervecente o disco ON DE ROCKS, um verdadeiro clássico!!! Um dos álbuns de maior sucesso da banda, aplaudido pela crítica e venerado pelo público. Quem conhece ISRAEL VIBRATION, certamente teve seu primeiro contato sendo apresentado a esta obra-prima.


Mais de 30 anos se passaram e ISRAEL VIBRATION segue fiel à sua fórmula roots mas sem cair na mesmice e, muito menos, ser simplista. Suas melodias bem elaboradas são a marca registrada do seu trabalho. A força de suas canções refletem o poder da superação, a  confirmação de que o mundo não vai te notar se voce ficar “sentado à beira do caminho”. ISRAEL VIBRATION, contra toda e qualquer expectativa, segue  “a passos firmes e fortes” (o   trocadilho é necessário) e o que era para ser  uma limitação, surge para o mundo, tal qual nossos admiráveis “guerreiros da Tribo”, como um exemplo e a certeza de que existe algo muito maior e mais forte dentro dessa casca que nos envolve.  
Salve, a força – não a violência! Salve, o reggae! JAH bless.