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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sérgio di Ramos traz uma nova expressão conceitual para a música baiana com um novo CD


Chega as lojas o CD,  “SIMPLES”,  do músico baiano, SÉRGIO DI RAMOS. Autor e intérprete, procura  tratar temas áridos com leveza e sutileza incomum. Tem a marca do artista: sensibilidade. Natural de Itabuna  vive em Ilhéus. DI RAMOS passeia com desenvoltura por estilos musicais distintos. Do samba, ao blues, do frevo a balada, da bossa a ao rock, faz música pop conceitual. Trata-se de trabalho a altura dos grandes nomes da MPB.

Artista maduro, em suas letras satiriza, inventa, emociona. Tanto toca o coração quando provoca reflexão. O Brasil e sua gente, riquezas e espoliações, méritos do povo  e seus espúrios  dirigentes são temas recorrentes. Tudo feito com graça, ironia fina e espanto. Culto, professor da Faculdade de  Direito, homem ligado às questões ecológicas, SÉRGIO DI RAMOS chama por Galileu:
“Dizem por aí, a terra é uma bola quadrada, ela não é redonda, cafona, cafona, vixe Galileu! A terra é uma bola de fogo queimando as tripas e tá quente! Tá quente! A terra é uma bola de fogo que desce a ladeira do Pelô!”. Salve a Bahia! A canção LUAR SERTÂNICO nos remete aos  blues cantados por Gal nos idos de 70. Não se trata de saudosismo, é o que é, e é muito bom!
O inusitado.
Em PIRATA VIL, a poesia explode em meio  a secura do capitalismo brasileiro: “Como poderemos ser cobiçadores, caçadores do novelo da vida roubado, assaltados, contrabandeados para um lugar qualquer?  Ativos de mão em mão se vão de caminhão, de trem, de avião.”  O artista se defende com poesia:”Com um fio de cabelo em mim, ou uma perninha de cupim com gosto e cheiro de carmim”. Ele arremata: “pirata de navio ou de terno vil, da vida que rouba até o pio do passarinho”.
Impecável
A qualidade técnica do CD  “SIMPLES” é impecável. O artista sabe explorar com parcimônia seus recursos vocais, é suave, ácido e agreste. Cercou-se de músicos e arranjadores de qualidade. Em Itabuna contratou Fernando Guimarães, do Estúdio IAN e o  arranjador Adilson Vieira. Em São Paulo, o Estúdio Luiz Ribeiro convocou para as gravações o percussionista Vitor Candelária,  Rui Martins para os metais (sopros) e o próprio violão de Luiz Ribeiro. Nos vocais: Solene Reis, em Itabuna e Tatiana Parra em São Paulo.
Distribuição
“SIMPLES” tem distribuição nacional. O trabalho chega ao mercado com o aval da MCK e da rede de lojas da Livraria Cultura, com sede em São Paulo. SÉRGIO DI RAMOS alça vôo distante. Navega também pelo Atlântico. Ele sabe dos truques e esquemas do mundo virtual  e canta: “Vida virtual, não é lúdica. Estúpida, é o fim. Vida virtual engana, você não é o bacana como diz. Vida virtual é sacana e todo mundo pede bis...”
O samba-bossa que dá nome ao CD, SIMPLES, inscrito na Mostra de Samba de São Paulo, evento que durante todo mês de janeiro próximo mobilizará sambistas de todo País, foi classificado e o CD  SIMPLES será lançado com gala na megalópolis brasileira. SÉRGIO DI RAMOS tem tudo pra agradar a “gregos e baianos”.
Em PALAVRA, outro samba, um lamento: “palavra pode ser um gesto, quem sabe um latido, um grito ardido ou perdão ... palavras com versos cortados jogados ao chão ...” Parabéns Bahia! Parabéns Brasil! O samba continua vivo e tem cara nova, sutil, ensolarada e prateada pela Lua do coração de SÉRGIO DI RAMOS!