Falar
de reggae e não mencionar Edson Gomes é o que podemos chamar de uma
imperdoável “heresia”. Nascido em Cahoeira, Recôncavo Baiano, em 03 de
setembro de 1955, é considerado
o maior nome do reggae nacional. Não é pra menos. Sempre fiel ao estilo
roots, construiu sua credibilidade musical com letras fortes e
políticas, melodias marcantes e arranjos bem elaborados, executados por competentíssimos músicos.
Por falar em músicos, a banda que acompanha Edson Gomes – Banda Cão de
Raça; já trouxe em sua formação outros nomes “de responsa” do reggae
nacional, que decidiram seguir carreira-solo e não fizeram feio; muito
pelo contrário, gravaram seus nomes na história da música “reggae
brasilis”. São eles: NENGO VIEIRA (era o baixista da primeira formação da banda Cão de Raça); LAZZO e SINE CALMON (aquele do “Morrão Fumegante”); todos de Cachoeira.
Edson Gomes arrasta uma legião de fãs por onde se apresenta e é
referência até para outros gigantes do reggae nacional e internacional.
Em plena atividade, seus shows são para ficar pra sempre na memória de quem assiste. Polêmico pelas
atitudes e discursos que costuma fazer nos palcos, não abre mão do
respeito à “atitude reggaeira” – o comportamento quase de veneração que o
verdadeiro reggueiro tem que ter pelo reggae; que para muitos, assim
como para Edson Gomes, é uma música “sacra” em sua essência e pela
mensagem que transmite.
Edson Gomes , o "filho de Cachoeira" que levou o nome da Bahia a todos
os cantos do mundo com sua música “honesta” e meditativa . Mais um “guerreiro do terceiro mundo”, o
arauto da mensagem de amor, paz e igualdade; aquele que canta o amor e
também denuncia as mazelas sociais; um nome de consenso da música “de
verdade” feita na Bahia; um
orgulho para os baianos . Salve, Edson Gomes ; que sua música e sua
mensagem continuem a inspirar nossos pensamentos e elevar nossas almas.