
De repente você tem que moldar ao que todos querem que você seja. Nisso começa o seu conflito. O meu, ao menos. Porque não posso ser dessa forma? É necessário que sejamos de fato tão vaidosos e tão gananciosos? É disso que é feito o que a maioria chama de "amor" ? É tão ruim ser sincero, ser verdadeiro com aquilo que você sente real?
Mesmo com a desculpa de que "hoje no mundo só tem filho da puta", nesse aspecto vale a pena ir contra a corrente. Dói mais, incomoda mais, você se coloca numa posição suscetível a mais críticas e um infeliz descrédito sobre o que você sente.
Desculpem minha teimosia, mas não tem jeito. Não posso partir pra mentira e negar a minha própria verdade num campo tão pessoal, tão particular, com uma palavra que tem um poder avassalador. "Amor". Constrói e destrói, é tão cruel ou cheia de candura quanto possível. É preciso tomar muito cuidado com ela, é preciso que saibamos recebê-la para que sua leveza se torne insustentável e o seu peso não nos envergue...
Pedro Paulo é estudante, escritor, pensador nas horas vagas e
poeta quando a inspiração vem. Há 14 anos vive na Bahia, terra que o
inspira e onde nasceram seus primeiros versos. Escreve atualmente no
blog www.pedropaulo.blogspot.com