A vida é dividir bolos. E fazer o máximo de bolos soltinhos que puder ser feito. É o sentimento impregnado nas nossas existências. Dividir. Divida. O mais bonito, o mais sutil no português é a construção das suas palavras. Já pensaram nisso? Divida. Viver é dividir. Sua vida nunca se fará sozinho. Por mais que você se feche, sem divisão você não se abre pra todo o horizonte que a sua vida te proporciona. Não tem mistério nisso. Mas muitas vezes nós nos queixamos e simplesmente não dividimos mais. E dividir a vida não é necessariamente dividi-la com uma pessoa em específico. Mas ter noção do seu papelcomo ser humano que soma à existência de muitos outros, e que continuará perpetuado no infinito absoluto pelas marcas deixadas pelo seu DNA.
Outra palavra interessante, para mim, é desenvolver. Sempre que leio essa palavra a quebro. Parto-a, analiso: Desenvolver é crescer liberando-se dos cascos, pouco a pouco, que nos cercam. Desenvolver é o desenlace. E essa ação de partir os limites silenciosos está presente desde que nascemos. Todas as multiplicações celulares até o momento do nascimento; nosso desenvolvimento físico e espiritual. Nossa perpetuação quando germinamos em pares uma nova vida. Cada pedaço disso é parte integrante do gigantesco desenvolver. Vamos, a cada dia que passa, nos separando das pequenas cascas que nos envolvem, e vamos quebrando paredes. Primeiro saimos de nossos mães. Depois saimos de nossos quartos. Saimos das nossas casas. Nos expandimos tanto que em um dado momento nossa existência passa a ser parte de outro ser. Desenvolver-se é ver o crescimento do ser humano como os circulos concêntricos que se expandem ao lançarmos uma pedra na água.
As palavras são o universo em expansão.
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Pedro Paulo é estudante, escritor, pensador nas horas vagas e poeta quando a inspiração vem. Há 14 anos vive na Bahia, terra que o inspira e onde nasceram seus primeiros versos. Atualmente escreve no Dominggo Literário aqui no EuVejoArte.blogspot.com e seu blog pessoal é
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