Enquanto
a equipe do prefeito eleito de Ilhéus se posiciona contra algo transparente e
que fortalece as manifestações culturais de um dos berços da cultura baiana, o
ator global e ilheense Fábio Lago tornou público seu apoio ao convênio que cede
a administração do prédio do Colégio General Osório ao Teatro Popular de
Ilhéus. O convênio foi celebrado entre o TPI e a Prefeitura de Ilhéus.
Jabes e assessores expressam que não há convivência
harmônica entre atividades teatrais e biblioteca. Até tentam jogar o Ministério
Público estadual contra o negócio transparente que passa ao Teatro Popular a
administração do imóvel por 20 anos, mas com regras que tornam plenamente
possível a retomada do prédio do General Osório se a gestão do espaço público
não seguir as cláusulas constantes de contrato.
Fábio Lago lembra que biblioteca e teatro podem viver
juntos tranquilamente. E enfatiza o papel do grupo teatral ilheense: “O grupo
[Teatro Popular de Ilhéus] faz um trabalho sério e importante para a cultura
regional”.
Já Romualdo Lisboa, do TPI, elenca, pelo menos, dois
espaços culturais onde biblioteca e teatro coexistem: a Biblioteca Central dos
Barris e o Espaço Xisto Bahia, em Salvador, e o Centro Cultural de São Paulo,
que reúne cinema, dança, música e literatura.
Quem se posiciona contra o projeto é porque, talvez,
apresente resistência ao protagonismo do Teatro Popular de Ilhéus, uma turma
que já ganhou prêmios nacionais e encanta plateias seja na Bahia, São Paulo,
Paraná ou em qualquer lugar pela sua qualidade.
O prefeito eleito Jabes Ribeiro precisa vir a público – e
de forma inequívoca – explicar os motivos dele e de sua tropa se posicionarem
contra as intenções do TPI. Deveriam, sim, apoiar a iniciativa.
E, deixemos claro, não foi o grupo de teatro quem se
dispôs a administrar aquele espaço. A proposta partiu da Prefeitura de Ilhéus e
dos atuais gestores por reconhecimento às qualidades artísticas e de gestão do
TPI, além de sua habilidade em atrair/captar recursos.
Aliás, aqui, outro ponto importante: o TPI tem com a
Secretaria Estadual de Cultura convênio que garante recursos para administração
de espaço cultural. Se a equipe do prefeito eleito “melar” o negócio
transparente, o convênio com o governo baiano será desfeito. E Ilhéus e a
cultura perderão mais uma fonte de receita.
Um lembrete: o protagonismo na cultura não deve ter
monopólio.
Um comentário:
Precisamos nos organizar e fazer um abaixo assinado e um manifesto. Afinal, é um bem para todos.
Façamos então a campanha em prol da ocupação desse espaço por um Grupo sério e que trabalha e tem êxito em tudo que faz, mesmo com todas as incontáveis dificuldades, ou deveria dizer infindáveis dificuldades que cercam quem se compromete verdadeiramente com a ascensão cultural?!
Estou nessa!
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