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sábado, 24 de novembro de 2012

Secretário de Cultura discute importância do Sistema Nacional de Cultura com universitários


Na manhã da última quinta-feira, 22, o secretário de Cultura do Estado da Bahia e também professor coordenador do Programa Multidisciplinar de Pós Graduação em Cultura e Sociedade da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Albino Rubim, conversou com alunos iniciantes dos cursos de Comunicação Social e ênfases, da mesma instituição de ensino, sobre as políticas culturais no Brasil, sob a perspectiva do Ministério da Cultura, sobretudo, a importância da implantação e adesão dos Estados e municípios ao Sistema e ao Plano Nacional de Cultura. Junto com o também professor José Roberto Severino, compôs a mesa de discussão da primeira edição do Comunicação e Cultura na Roda, evento idealizado pelo Centro Acadêmico que prevê a discussão de temas variados relacionados à Cultura no país.


Cultura e educação – Iniciada por Severino, a discussão refez o percurso do processo de institucionalização da Cultura no país, partindo da década de 30 quando se vivia o auge da Era Vargas, passando pelas ações realizadas pelo governo militar na década de 70, pelo surgimento da pasta Ministério da Cultura em 1985, pelo governo Collor – visto como um período de retrocesso, em função das políticas neoliberais que comandavam o país – e finalmente o início do governo Lula, quando foi possível perceber uma mudança na mentalidade e em todo conceito institucional da Cultura, a partir da gestão do então ministro Gilberto Gil. Falando das metas do Sistema Nacional de Cultura pensado a partir desta nova mentalidade, Severino ressalta a importância de o mesmo estar intimamente atrelado à questão educacional e aponta desafios peculiares à sua implantação. “O Sistema e o Plano marcam uma mudança significativa, mas por outro lado também denota a necessidade de avanço dada as demasiadas diferenças existentes entre os Estados e municípios. Requer um esforço na mentalidade e isso é uma questão de educação”, afirma.

Desafios – Em sua fala, Rubim reforçou a mudança de mentalidade dada a Cultura a partir do governo Lula, com a gestão de Gilberto Gil e Juca Ferreira e apontou alguns desafios que deverão ser enfrentados pela recém empossada, Marta Suplicy. “A gestão de Gil, praticamente, inaugurou a Pasta no país, pois trouxe uma dimensão nunca antes vista, tanto na atuação política quanto orçamentária”, afirmou o professor ao falar da elevação do orçamento dedicado ao Ministério, que até então era de 0,2% apenas. Devido à própria dinâmica política do país, o Ministério da Cultura passou por pequenas descontinuidades e fragilização, fato que direciona um dos principais desafios da nova gestão apontados por Rubim: “Suplicy tem como grande desafio recuperar o prestígio dentro da sociedade o lugar político do Ministério dentro do governo”. O secretário elencou ainda como ações imprescindíveis à nova gestão a implantação do Sistema Nacional de Cultura, criando estabilidade nas políticas culturais, a alteração e redefinição das políticas de financiamento, revendo o papel do Fundo de Cultura e as leis de incentivo, o aprofundar e radicalizar o Programa Cultura Viva, o qual tem como uma de suas ações a implantação dos Pontos de Culturas, e para finalizar um tratamento especial da economia da Cultura, a economia criativa.

Sistema Nacional -  Reafirmando sua opinião em relação ao Sistema e ao Plano Nacional de Cultura, Albino Rubim chama atenção para o fato de a vigência deste traçar as atividades da área independente do comando político: “ Um dos problemas de ações desse tipo é a descontinuidade das políticas quando ocorre mudança da gestão. Nesse ponto a implantação do Plano é fundamental. A implantação do Sistema é um fator de grandiosa importância no sentido de definir os papéis e responsabilidade dos entes federativos. O Sistema trará uma estabilidade e complementaridade nas ações relativas à Cultura”, completa.




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