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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cítrica abre espaço para a crítica de artes


Dentro do Programa de Incentivo à Crítica de Artes, FUNCEB lança periódico mensal para difundir o trabalho de novos críticos baianos

A partir desta quinta-feira, 21 de fevereiro, os baianos vão ter mais um espaço de debate sobre as produções artísticas do estado. Através do Programa de Incentivo à Crítica de Artes, a Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado (SecultBA), lança o periódico Cítrica, que terá sua versão impressa distribuída gratuitamente, além de um blog (www.fundacaocultural.ba.gov.br/citrica), onde o PDF do jornal e conteúdos extras poderão ser acessados e comentados pelo público. Desenvolvida em processo colaborativo entre profissionais que cursaram a Oficina de Qualificação em Crítica, realizada no final de 2012, com a equipe da FUNCEB, a publicação reúne textos e ilustrações críticas, contribuições de convidados, entrevistas e outros materiais sobre a produção da crítica na Bahia.


Com previsão de quatro edições mensais financiadas pela FUNCEB, o Cítrica tem uma tiragem de 6.000 exemplares, parte dela encartada no Diário Oficial do Estado da Bahia. “A proposta é que esta iniciativa colabore para a abertura de novos espaços de difusão da crítica de artes na Bahia e que os envolvidos possam trabalhar para que o periódico se estruture como um projeto independente e autossustentável, tendo em vista o fortalecimento do campo da crítica no estado”, explica Alexandre Molina, diretor das Artes da FUNCEB.

Na edição de estreia, tem críticas dos participantes Marilda Santanna, discutindo a música brega e os padrões do que é “bom gosto”; Cadu Oliveira, falando do Abraçaço, novo disco de Caetano Veloso; Giovana Dantas, analisando a primeira exposição da artista visual Laura Vinci no Norte/Nordeste, montada no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA); e Arlon Souza, tratando de , mais recente espetáculo do Bando de Teatro Olodum. Também há um texto do convidado Marcelo Rezende, atual diretor do MAM-BA, que participou como orientador da oficina e que outra vez discute: o que é a crítica?

Para completar, os leitores vão encontrar críticas ilustradas numa tirinha de Thomas, o Rato de Cinema, de Amanda Aouad e Ari Cabral, e numa charge de Santil. Eles enviaram voluntariamente seus trabalhos, atendendo a uma chamada da FUNCEB para garantir na publicação também o espaço de difusão da tradicional forma de questionar e criticar as realidades sociais através de ilustrações. Chargistas, quadrinistas, cartunistas e ilustradores interessados em divulgar seus trabalhos nas próximas edições do Cítrica podem enviar as imagens para o e-mail citrica.artes@funceb.ba.gov.br, explorando temas relacionados às artes. Da mesma forma, autores baianos de críticas que queiram publicar seus textos podem acessar o regulamento no blog, baixar o formulário padrão, preencher e enviar para o mesmo e-mail. A segunda edição do periódico recebe materiais até o próximo dia 3 de março.

Sobre o Programa de Incentivo à Crítica de Artes – Lançado pela FUNCEB/SecultBA em 2011, o Programa de Incentivo à Crítica de Artes se volta a esta produção artístico-intelectual, cuja tradição, atividade, empregabilidade e reconhecimento são ainda insuficientemente representativos na Bahia. Inserida na política de democratização do acesso à cultura e estímulo à formação artística dos criadores, técnicos, produtores e pesquisadores da área, a iniciativa objetiva promover a qualificação da crítica baiana e, com isso, contribuir para o desenvolvimento das artes produzidas no estado. Para tanto, foca na consolidação de um ambiente social propício ao acolhimento devido do setor cultural, investindo em ações estruturantes que envolvem formação, produção, criação e difusão do exercício da análise crítica nas áreas de Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Literatura, Música e Teatro.

Em 2012, o Programa de Incentivo à Crítica de Artes promoveu o II Seminário Baiano de Crítica de Artes, que reuniu profissionais brasileiros reconhecidos neste campo (Helena Katz, Ivana Bentes, Carlos Calado e Wagner Schwartz, sob mediação de Marcelo Rezende) diante de um público de cerca de 80 pessoas por dia, no Espaço Xisto Bahia, e tendo ainda transmissão ao vivo pelo Portal do IRDEB. Também realizou a Oficina de Qualificação em Crítica, um processo formativo semipresencial com 30 alunos e coordenação pedagógica de Luiz Cláudio Cajaíba, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que se uniu como ministrante ao jornalista e crítico Marcelo Rezende, atual diretor do MAM-BA, e aos professores Cyntia Nogueira, da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB), e Luiz Fernando Ramos, da Universidade de São Paulo (USP). O aprendizado e objetivos da oficina agora se desdobram no lançamento do periódico Cítrica.

O Programa ainda lançou no ano passado a Série Crítica das Artes, coleção de publicações com temáticas diversas dentro deste universo, no intuito de promover a difusão de conteúdo sobre o tema, resgatar produções de profissionais notórios e divulgar novos trabalhos. Os dois livros já lançados – Leituras Possíveis nas Frestas do Cotidiano, que reúne críticas premiadas no Concurso Estadual de Estímulo à Crítica de Artes 2011, com organização de Milena Britto; e a 2ª edição do Panorama do Cinema Baiano, de André Setaro –, além de suas versões impressas, estão disponíveis online, no site www.fundacaocultural.ba.gov.br/criticadeartes.

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