Dentro do Programa de Incentivo à Crítica
de Artes, FUNCEB lança periódico mensal
para difundir o trabalho de novos críticos baianos
A partir
desta quinta-feira, 21 de fevereiro, os baianos vão ter mais um espaço de
debate sobre as produções artísticas do estado. Através do Programa de Incentivo à Crítica de Artes, a Fundação Cultural do Estado da
Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado
(SecultBA), lança o periódico Cítrica,
que terá sua versão impressa distribuída gratuitamente, além de um blog (www.fundacaocultural.ba.gov.br/citrica), onde o PDF
do jornal e conteúdos extras poderão ser acessados e comentados pelo público. Desenvolvida em processo colaborativo
entre profissionais que cursaram a Oficina de Qualificação em Crítica, realizada no final de 2012,
com a equipe da FUNCEB, a publicação reúne textos e
ilustrações críticas, contribuições de convidados, entrevistas e outros
materiais sobre a produção da crítica na Bahia.
Com previsão de quatro
edições mensais financiadas pela FUNCEB, o Cítrica
tem uma tiragem de 6.000 exemplares, parte dela encartada no Diário Oficial do Estado da Bahia. “A
proposta é que esta iniciativa colabore para a abertura de novos espaços de
difusão da crítica de artes na Bahia e que os envolvidos possam trabalhar para
que o periódico se estruture como um projeto independente e autossustentável,
tendo em vista o fortalecimento do campo da crítica no estado”, explica
Alexandre Molina, diretor das Artes da FUNCEB.
Na edição de estreia, tem críticas
dos participantes Marilda Santanna, discutindo a música brega e os padrões do
que é “bom gosto”; Cadu Oliveira, falando do Abraçaço, novo disco de Caetano Veloso; Giovana Dantas, analisando
a primeira exposição da artista visual Laura Vinci no Norte/Nordeste, montada
no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA); e Arlon Souza, tratando de Dô, mais recente espetáculo do Bando de
Teatro Olodum. Também há um texto do convidado Marcelo Rezende, atual diretor
do MAM-BA, que participou
como orientador da oficina e que outra vez discute: o que é a crítica?
Para
completar, os leitores vão encontrar críticas ilustradas numa tirinha de Thomas, o Rato de Cinema, de Amanda
Aouad e Ari Cabral, e numa charge de Santil. Eles enviaram voluntariamente seus
trabalhos, atendendo a uma chamada da FUNCEB para garantir na publicação também
o espaço de difusão da tradicional forma de questionar e criticar as realidades
sociais através de ilustrações. Chargistas, quadrinistas, cartunistas e
ilustradores interessados em divulgar seus trabalhos nas próximas edições do Cítrica podem enviar as imagens para o
e-mail citrica.artes@funceb.ba.gov.br,
explorando temas relacionados às artes. Da mesma forma, autores baianos de
críticas que queiram publicar seus textos podem acessar o regulamento no blog, baixar o
formulário padrão, preencher e enviar para o mesmo e-mail. A segunda edição do
periódico recebe materiais até o próximo dia 3 de março.
Sobre o
Programa de Incentivo à Crítica de Artes – Lançado
pela FUNCEB/SecultBA em 2011, o Programa de Incentivo à Crítica de
Artes se volta a esta produção artístico-intelectual, cuja tradição,
atividade, empregabilidade e reconhecimento são ainda insuficientemente
representativos na Bahia. Inserida na política de democratização do acesso à
cultura e estímulo à formação artística dos criadores, técnicos, produtores e
pesquisadores da área, a iniciativa objetiva promover a qualificação da crítica
baiana e, com isso, contribuir para o desenvolvimento das artes produzidas
no estado. Para tanto, foca na consolidação de um ambiente
social propício ao acolhimento devido do setor cultural, investindo em
ações estruturantes que envolvem formação, produção, criação e difusão do
exercício da análise crítica nas áreas de Artes Visuais, Audiovisual,
Circo, Dança, Literatura, Música e Teatro.
Em 2012, o Programa de Incentivo à Crítica de Artes
promoveu o II Seminário Baiano de Crítica
de Artes, que reuniu profissionais brasileiros reconhecidos neste campo
(Helena Katz, Ivana Bentes, Carlos Calado e Wagner Schwartz, sob mediação de
Marcelo Rezende) diante de um público de cerca de 80 pessoas por dia, no Espaço
Xisto Bahia, e tendo ainda transmissão ao vivo pelo Portal do IRDEB. Também
realizou a Oficina de Qualificação
em Crítica, um processo formativo semipresencial com 30 alunos e coordenação
pedagógica de Luiz Cláudio Cajaíba, da Universidade Federal da Bahia (UFBA),
que se uniu como ministrante ao jornalista e crítico Marcelo Rezende, atual
diretor do MAM-BA, e aos professores Cyntia Nogueira, da Universidade Federal
do Recôncavo (UFRB), e Luiz Fernando Ramos, da Universidade de São Paulo (USP).
O aprendizado e objetivos da oficina agora se desdobram no lançamento do
periódico Cítrica.
O Programa ainda lançou no ano passado a Série Crítica das Artes, coleção de
publicações com temáticas diversas dentro deste universo, no intuito de
promover a difusão de conteúdo sobre o tema, resgatar produções de
profissionais notórios e divulgar novos trabalhos. Os dois livros já lançados –
Leituras Possíveis nas Frestas do
Cotidiano, que reúne
críticas premiadas no Concurso Estadual
de Estímulo à Crítica de Artes 2011, com organização de Milena Britto; e a
2ª edição do Panorama do Cinema Baiano,
de André Setaro –, além de suas versões impressas, estão disponíveis online, no
site www.fundacaocultural.ba.gov.br/criticadeartes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário