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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Primeira cena da peça sobre greve dos escravos está pronta

foto: Karoline Vital

Está pronta a cena que abrirá o espetáculo 1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução História. O elenco do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) já ensaia o texto inicial e a primeira canção, escrita por Elielton Cabeça. As atividades preparatórias da montagem acontecem de segunda a sexta-feira, na Tenda do TPI, na Avenida Soares Lopes. “O espaço foi preparado cenograficamente com dimensões e estruturas próprias para a peça, o que facilita bastante os ensaios”, explica o autor e diretor Romualdo Lisboa.


A estreia de 1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução História está prevista para o dia 02 de julho. A data carrega certo simbolismo, já que marca a independência da Bahia e retirada total da dominação portuguesa do Brasil. “Além de contar a história do levante dos escravos, o espetáculo fala sobre a capacidade do povo gerenciar suas próprias riquezas através de seu trabalho”, adianta o dramaturgo.

Além dos ensaios, leituras e estudos regulares, entre os dias 24 e 27 deste mês, o elenco participará de oficina com o diretor teatral Márcio Meirelles. O elenco, composto por artistas do Teatro Popular de Ilhéus, conta ainda com atores, músicos e bailarinos do Terreiro Matamba Tombenci Neto, remanescente do Engenho de Santana. Para aprofundar ainda mais a consciência sobre o período histórico retratado, durante as tardes de quinta-feira, os artistas participam de estudo dirigido com o historiador pós-doutor Marcelo Henrique Dias.

1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução História foi uma das montagens contempladas pelo edital setorial de teatro do Fundo de Cultura da Bahia. Suas atividades preparatórias começaram em novembro do ano passado, com o projeto de debates Improviso, Oxente! sobre a Ilhéus do período colonial e o Engenho de Santana. A produção é de Pawlo Cidade, através da entidade sociocultural Associação Comunidade Tia Marita.


O espetáculo

O enredo de 1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução Histórica começa no futuro, em uma fábrica de processamento de cacau no ano de 2089. Nela, funcionários insatisfeitos, relembram a revolta dos escravos ocorrida 300 anos antes. A partir disso, começa a ser contada a história da primeira greve do Brasil, quando negros paralisaram seus trabalhos, tomaram o Engenho entre 1789 e 1791, entregando uma carta de reivindicações aos colonos.


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