foto: Karoline Vital |
Está pronta a cena que
abrirá o espetáculo 1789 – Engenho de
Santana – Uma Revolução História. O elenco do Teatro Popular de Ilhéus
(TPI) já ensaia o texto inicial e a primeira canção, escrita por Elielton
Cabeça. As atividades preparatórias da montagem acontecem de segunda a
sexta-feira, na Tenda do TPI, na Avenida Soares Lopes. “O espaço foi preparado
cenograficamente com dimensões e estruturas próprias para a peça, o que
facilita bastante os ensaios”, explica o autor e diretor Romualdo Lisboa.
A estreia de 1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução
História está prevista para o dia 02 de julho. A data carrega certo
simbolismo, já que marca a independência da Bahia e retirada total da dominação
portuguesa do Brasil. “Além de contar a história do levante dos escravos, o
espetáculo fala sobre a capacidade do povo gerenciar suas próprias riquezas
através de seu trabalho”, adianta o dramaturgo.
Além dos
ensaios, leituras e estudos regulares, entre os dias 24 e 27 deste mês, o
elenco participará de oficina com o diretor teatral Márcio Meirelles. O elenco,
composto por artistas do Teatro Popular de Ilhéus, conta ainda com atores,
músicos e bailarinos do Terreiro Matamba Tombenci Neto, remanescente do Engenho
de Santana. Para aprofundar ainda mais a consciência sobre o período histórico
retratado, durante as tardes de quinta-feira, os artistas participam de estudo
dirigido com o historiador pós-doutor Marcelo Henrique Dias.
1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução História foi uma
das montagens contempladas pelo edital setorial de teatro do Fundo de Cultura
da Bahia. Suas atividades preparatórias começaram em novembro do ano passado,
com o projeto de debates Improviso,
Oxente! sobre a Ilhéus do período colonial e o Engenho de Santana. A produção é de Pawlo
Cidade, através da entidade sociocultural Associação Comunidade Tia Marita.
O espetáculo
O enredo de 1789 –
Engenho de Santana – Uma Revolução Histórica começa no futuro, em uma fábrica de
processamento de cacau no ano de 2089. Nela, funcionários insatisfeitos,
relembram a revolta dos escravos ocorrida 300 anos antes. A partir disso, começa
a ser contada a história da primeira greve do Brasil, quando negros paralisaram
seus trabalhos, tomaram o Engenho entre 1789 e 1791, entregando uma carta de
reivindicações aos colonos.
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