O bailarino e coreógrafo Zebrinha acompanhou o Teatro Popular de Ilhéus do TPI durante três dias, a fim de marcar os movimentos dos atores e atrizes para o espetáculo 1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução Histórica. Um dos mais respeitados nomes da dança brasileira, o diretor artístico do Balé Folclórico da Bahia trabalhou cena por cena com os artistas do grupo ilheense. “As orientações dele ajudaram os atores a trabalhar o corpo em harmonia uns com os outros e demais elementos cênicos”, explica o autor e diretor Romualdo Lisboa.
Zebrinha também é coreógrafo do Bando de Teatro Olodum e já passou por
diversas instituições internacionais, como o Alvin Ailey American Dance
Theatre (Estados Unidos); Stadeliyk Conservatoriam en dans Academie (Holanda);
Academie Internationale de Paris (França); Project Studio (Alemanha) e na
Federatie Friy Tiyed (Bélgica). Ele trabalhou intensamente com o TPI de
sexta-feira a domingo (17 a 19), ajustando marcações, expressões corporais e
interação com o cenário.
A estreia de 1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução Histórica será no próximo
dia 02 de julho, na Tenda do Teatro Popular de Ilhéus. Para contar a história
da primeira greve do Brasil, realizada pelos escravos do Engenho de Santana, ocorrida
em Ilhéus no final do século XVIII, a montagem começa em uma fábrica de
processamento de cacau no ano de 2089.
Além dos artistas do TPI, o espetáculo conta com atores, músicos e
bailarinos do Terreiro Matamba Tombenci Neto, remanescente dos escravos do Engenho
de Santana, onde, entre 1789 e 1791, aconteceu o levante que inspira a peça. O enredo se desenrola em um cenário móvel,
construído com mais de 60 sacas de farinha de trigo, adaptado de acordo com as
cenas.
1789 – Engenho de Santana
– Uma Revolução Histórica foi uma
das montagens contempladas pelo edital setorial de teatro do Fundo de Cultura
da Bahia. A
produção é de Pawlo Cidade, através da entidade sociocultural Associação
Comunidade Tia Marita. As atividades
preparatórias da peça começaram em novembro de 2012, com o projeto de debates Improviso, Oxente! sobre a Ilhéus do
período colonial e o Engenho de Santana. Em abril deste ano, o elenco
participou de oficina sobre performance negra, com o dramaturgo e diretor
teatral Márcio Meirelles.
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