Sempre estamos compartilhando algum momento junto. Você se
dispõe, aparece, conversa, se aproxima. Mas existem momentos que estamos, não
sei, destreinados nessa arte de perceber o óbvio. Talvez pelo esforço de
compreender o complexo, o difícil, o indecifrável... Nos tornamos tolos para o
simples. Sencillo. Essa
maneira simples, silenciosa de manter-se próxima não me dá uma resposta clara.
Não que isso exija uma resposta clara, concreta, definitiva, objetiva. Nossas
relações são, antes de tudo subjetivas.
Talvez seja justamente esse o
motivo pelo qual nos movemos. Esse desafio de decifrar quimeras que se põem com
belos sorrisos ao nosso lado, que nos cumprimentam com olhos abertos, que não
nos dão a face, mas nos beijam a face. Que respondem às sutilezas. E isso, pelo
menos pra mim, é encantador. Essa resposta sensitiva simplesmente te conecta à
situação, às pessoas, pois que essa ela é por vezes inesperada, não planejada,
simplesmente surge calmamente e pousa como algo que poderia ser corriqueiro.
E assim vamos seguindo com
esse emaranhado de laços que tecemos pela vida. A ver quantos deles vão
compreender esses pequenos segredos, essas minúcias, esses espacinhos
silenciosos que se preenchem nesses momentos que nos fazem cada vez mais
humanos. Porque além disso, sinceramente, eu não sei. I don't know. Yo que sé...
Pedro Paulo escritor, pensador nas horas vagas e poeta quando a inspiração vem. Nasceu no Rio, viveu catorze anos na Bahia e agora vive em Montevidéu, no Uruguai. Seu blog pessoal é o www.pedropaulo.blogspot.com
fonte da imagem: http://tribarte.blogspot.com.br/2011/05/mayelli-e-seu-irmao-enviaram-nos-lindas.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário