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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Deduções – por PEDRO PAULO


Sempre estamos compartilhando algum momento junto. Você se dispõe, aparece, conversa, se aproxima. Mas existem momentos que estamos, não sei, destreinados nessa arte de perceber o óbvio. Talvez pelo esforço de compreender o complexo, o difícil, o indecifrável... Nos tornamos tolos para o simples. Sencillo.  Essa maneira simples, silenciosa de manter-se próxima não me dá uma resposta clara. Não que isso exija uma resposta clara, concreta, definitiva, objetiva. Nossas relações são, antes de tudo subjetivas. 

Talvez seja justamente esse o motivo pelo qual nos movemos. Esse desafio de decifrar quimeras que se põem com belos sorrisos ao nosso lado, que nos cumprimentam com olhos abertos, que não nos dão a face, mas nos beijam a face. Que respondem às sutilezas. E isso, pelo menos pra mim, é encantador. Essa resposta sensitiva simplesmente te conecta à situação, às pessoas, pois que essa ela é por vezes inesperada, não planejada, simplesmente surge calmamente e pousa como algo que poderia ser corriqueiro.


E assim vamos seguindo com esse emaranhado de laços que tecemos pela vida. A ver quantos deles vão compreender esses pequenos segredos, essas minúcias, esses espacinhos silenciosos que se preenchem nesses momentos que nos fazem cada vez mais humanos. Porque além disso, sinceramente, eu não sei. I don't know. Yo que sé...


Pedro Paulo escritor, pensador nas horas vagas e poeta quando a inspiração vem. Nasceu no Rio, viveu catorze anos na Bahia e agora vive em Montevidéu, no Uruguai. Seu blog pessoal é o www.pedropaulo.blogspot.com





fonte da imagem: http://tribarte.blogspot.com.br/2011/05/mayelli-e-seu-irmao-enviaram-nos-lindas.html

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