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sábado, 30 de março de 2013

Grupo Teatral Maktub comemora 11 anos

foto: Flávio Rebouças

O Grupo Teatro/Circo Maktub completa, neste mês de março, 11 anos de estrada e vem, cada vez mais, se firmando no meio cultural grapiuna. Sob a direção de Fábio Nascimento, que nos concedeu uma entrevista, os integrantes já montaram cerca de 5 espetáculos teatrais e diversas intervenções artísticas.
Fundado inicialmente com a ideia de produzir performances que mesclassem dança e teatro para festas e eventos, o grupo sempre desenvolveu seus espetáculos fundamentados em pesquisas com o intuito de enriquecer as apresentações. Buscando difundir a arte da encenação, o grupo também realiza oficinas e interferências teatrais em bairros periféricos. O nome Maktub foi sugerido nos primeiros esquetes de dança do ventre, que na cultura árabe significa “está escrito”.
Com o projeto Ilheenses Amados, o grupo desenvolve espetáculos a partir das obras de Jorge Amado. Inspirados nos romances Terras dos Sem Fim, São Jorge dos Ilhéus e Gabriela, Cravo e Canela surgiram as peças Histórias de Cabaré e Das Matas ao Progresso. Com apresentações no Espaço Cultural Bataclan, Histórias de Cabaré já alcançou mais de 500.000 expectadores e vem, desde 2004, encantando ilheenses e turistas.
Fábio Nascimento conta que a maioria das pessoas da região pensam conhecer as histórias de Jorge Amado “o público daqui renega um pouco essa história: “ah, eu já conheço” dizem eles, mas não sabem, sabem vagamente o que assistiram da novela, mas o  nosso teatro sempre foi ligado a literatura, nossa fonte de pesquisa sempre foi o livro”, salienta o ator e diretor.
Percebendo que humor é coisa séria, o grupo buscou na técnica do Clown (palhaço em inglês) uma maneira de dialogar sobre diversos assuntos de forma descontraída. Com as peças Homens ajudam homens?, A noite dos Clowns e Hoje é dia de circo o grupo consegue fazer o público refletir em meio a brincadeiras, palhaçadas e confusões. A diretora e atriz sueca, Bim de Verdier  relatou, após assistir o espetáculo Homens ajudam homens?, que a arte do palhaço está em boas mãos e consegue de forma lúdica ensinar valores:  “A possibilidade do ser humano se transformar, sendo palhaço ou senhor, sendo criança ou adulto, se revela numa imagem, poética e esperançosa. Com os palhaços de Homens ajudam homens? fica claro que a brincadeira e a arte são maneiras de investigar e melhorar o mundo”, disse a mesma.


Andreza Mona
Bacharelanda em Comunicação Social- Rádio e TV

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