Início

domingo, 10 de março de 2013

O que se sente e o mar (Parte III) - por PEDRO PAULO


Você segue no mar, sendo levado, levemente. Flutuando no meio do oceano mas com o pulmão aberto para receber todo o cheiro do mar, e permanecer contemplando a natureza ao redor, o mundo de água azul ao seu lado. Ainda assim, você não sabe onde vai parar, mas de alguma maneira, sinto que não estou mais tão a deriva assim.

Existem portos que se abrem para navegar, existem lugares para atracar-nos durante essa viagem. Uma viagem aparentemente solitária mas que toca e se compartilha mais do que se imagina. O mar é mais denso do que se pensa. Não é só feito de sal. Estamos sempre esbarrando por aí com gente passeia na mesma corrente que você.


Ou de repente você, simplesmente, cruza com uma corrente que vem contra você e, desse pequeno movimento, nasce algo completamente novo, rumo à um destino distinto, especial, de alguma maneira imprevisível. como saber para onde o vento sopra se estamos apenas nos deixando levar levemente por essas forças invísiveis que suportam nosso indizível peso, toda essa massa humana metafísica indecifrável?

Pedro Paulo escritor, pensador nas horas vagas e poeta quando a inspiração vem. Nasceu no Rio, viveu catorze anos na Bahia e agora vive em Montevidéu, no Uruguai. Seu blog pessoal é o www.pedropaulo.blogspot.com


fonte da imagem: http://kantor000.multiply.com/journal/item/14/Do-Fundo-do-Tempo-Uma-Carta-de-Amor



Nenhum comentário: