Finalmente eu
comprei um caderno decente pra escrever. Meu bloco de notas já não tava mais
dando conta.
Sobre isso eu tenho
algo interessante pra contar. Eu sempre escrevo dentro dos meus cadernos. Não
tenho um diário, mas tenho folhas soltas com coisas escritas espalhadas por aí.
Atualmente, tenho coisas escritas pelo menos em cinco cadernos/blocos diferentes.
É porque as vezes eu tenho que escrever, sabe? O texto vem correndo, passa por
mim, e se eu não me voltar pra ele e deixar ele fluir, ele se perde. Já cansei
de perder texto que escapa pelas mãos. Nem sempre o computador tá próximo ou
acessível no momento adequado. OK. Eu trabalho com computador, mas não dá pra
escrever no meu blog pessoal pelo meu trabalho.
Então eu anoto os
pontos, deixo correr, escrevo escrevo escrevo e esqueço. Ou transcrevo. Apesar
da primeira opção acontecer com mais frequência. Deixo algumas coisas escritas
e elas ficam lá. Com dedicatórias, as vezes. Ou voltado pra alguém... Mas
sempre estão lá. Sabe o que é mais louco? Às vezes eu encontro algo escrito e
tomo um susto. Tem muita coisa que se grava só a ideia mãe da coisa, o todo. Eu
perco o fio da criação toda. Não decoro isso que sai de mim. Até porque se sai
de mim, se eu consigo captar esse momento singular e transformo ele em um texto
é como se ele ganhasse vida e saísse voando por aí. Eu sou um mero receptor. No
sentido mais inspiracional da coisa. Fluir, captar e registrar.
O resto é história - e nem sempre
contada por mim.
P.S: esse texto não saiu do meu caderno novo.
Pedro Paulo escritor, pensador nas horas vagas e poeta quando a inspiração vem. Nasceu no Rio, viveu catorze anos na Bahia e agora vive em Montevidéu, no Uruguai. Seu blog pessoal é o www.pedropaulo.blogspot.com
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