Representantes de importantes eventos
de difusão da dança na Bahia se reúnem no TCA para um debate com o público
Em 29 de abril (segunda-feira), Dia
Internacional da Dança, às 20 horas, na sala principal do Teatro Castro Alves
(TCA), será realizado o encontro Festivais
e Mostras de Dança: Trajetórias e Impactos na Sociedade. O debate,
promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade
vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado (SecultBA), vai reunir
representantes de importantes eventos de difusão da dança na Bahia, com o
objetivo de provocar produtores, classe artística e público interessado a refletirem
sobre a relevância destas ações no estado e como elas se refletem no setor. A
entrada é franca.
Os convidados são envolvidos com seis
diferentes projetos: o AbriU Dança na
Bahia, que propõe conexões e ações formativas para profissionais da área; o
Dançando nossas Matrizes, que promove
espaços de discussão sobre formação, produção artística, memória e políticas
públicas voltadas para as danças afro; o Festival
de Dança de Itacaré, cuja programação busca um diálogo entre as danças da
região e a dança contemporânea, valorizando os grupos do interior e litoral do
estado e contribuindo com a formação e profissionalização de jovens artistas; o
Festival Internacional VIVADANÇA,
que, em sua sétima edição, reúne artistas, companhias, pesquisadores e outros
profissionais do Brasil e do mundo, para apresentar e discutir as produções
contemporâneas de dança; o Interação e
Conectividade, que, desde 2006, atua na relação entre dança e outras
linguagens, buscando abarcar diferentes aspectos da criação coreográfica; e a Plataforma Internacional de Dança, que
realiza ações contínuas para promover vínculos entre cidadãos através da
vivência da dança, reconhecendo-a como parte fundamental da cultura.
MÊS
DA DANÇA NA BAHIA – Comemorando
a data festiva durante todo o mês de abril, a FUNCEB promove ações não apenas
para celebrar a arte da dança, mas também para dar visibilidade ao trabalho que
se é produzido continuamente por artistas e profissionais do setor. Uma ação
fundamental neste sentido é a AgenDANÇAbril,
que, desde 2007, contribui para divulgar a programação de dança que se
apresenta nas cidades baianas no período. Nesta 7ª edição, desta vez em formato
virtual, o que amplia sua acessibilidade, a AgenDANÇAbril
está no ar em www.fundacaocultural.ba.gov.br/agendancabril.
A FUNCEB
também realiza, no foyer do TCA, a Exposição
Mestre King, que segue aberta à visitação gratuita até 30 de abril, das 12h
às 18h. Trata-se de uma homenagem aos 70 anos de vida deste que foi o primeiro
homem a se graduar em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e que é o
precursor da dança afrobrasileira. Com curadoria de Álvaro Villela, a mostra
reúne fotografias de autoria de
nomes como Any Valette e Rafael Martins, além de fotos do acervo pessoal de
Mestre King e de sua mais
recente criação, o espetáculo Opaxorô, retratando
a sua trajetória profissional, desde estudante até se tornar coreógrafo
renomado com o grupo Gênesis, formado em 1976.
Já o Balé
Teatro Castro Alves (BTCA), companhia oficial de dança do Estado da Bahia, mantém
temporada especial desde o início do mês, com espetáculos de seu repertório e
projetos especiais.
Para os próximos dias, o público poderá conferir Essa Tempestade, em 20 e 21 de abril, às 20h,
com entrada franca, na Sala do Coro. Livre adaptação de A Tempestade, de
William Shakespeare, a montagem é uma coprodução Brasil-Bélgica, assinada pelo
coreógrafo cearense radicado na Bélgica, Cláudio Bernardo, e conta uma história
de vingança e amor, sobre um homem que vive exilado numa ilha.
Além disso,
o projeto BTCA Memória traz à cena
uma dobradinha de espetáculos do BTCA, agora encenados em parceria com alunos
da Escola de Dança da FUNCEB: Pangea
e Sertania. Pangea, do premiado coreógrafo mineiro Tíndaro Silvano, faz a
abertura. Criado especialmente para o BTCA em 1997, a remontagem é
protagonizada por 20 jovens bailarinos. Já Sertania,
coreografado por Lia Robatto e que teve sua versão original dançada pelo BTCA
há 30 anos, retorna aos palcos com nova interpretação e música ao vivo
executada pela Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA). A própria Lia conduziu o
trabalho com 25 alunos da Escola de Dança para recompor a coreografia, que
é uma representação poética do imaginário simbólico da cultura dos
Sertões, inspirada em sinfonia de Ernst Widmer e no cordel do século XIX Boi Misterioso. Dias 20 e 21 de abril,
às 20h, na Sala Principal, ingresso a R$ 8 (inteira).
Por fim, ...Ou Isso, com
coreografia de Jomar Mesquita inspirada no universo poético de Manoel de
Barros, volta a cartaz nos dias 25 e 26, às 15h, e 27 e 28, às 20h, na Sala do
Coro, com entrada franca.
29
de abril: Dia Internacional da Dança
– Esta data foi instituída em 1982 pelo Conselho Internacional de Dança (CID),
uma organização não-governamental fundada em 1973 e vinculada à UNESCO, que
congrega todas as formas de Dança em todos os países do mundo, através de
membros representados por federações, associações, escolas, companhias e
indivíduos atuantes na Dança em 155 nações. Entre os objetivos deste marco de
celebração, estão o aumento da atenção pela importância da Dança para os
cidadãos e a cultura, mostrando sua universalidade e diversidade, o incentivo à
inclusão da Dança nos sistemas de educação, do ensino infantil ao superior, e o
estímulo para que o público prestigie a produção em Dança nos palcos e nos
diversos locais que ela é capaz de ocupar. Todo ano, em meio às ações de
fomento promovidas, o CID divulga uma mensagem oficial pelo Dia da Dança, escrita
por uma personalidade de reconhecida atuação na área, traduzida para dezenas de
línguas e enviada para mais de 150 mil profissionais da Dança em 200 países.
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