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terça-feira, 30 de abril de 2013

Elenco do TPI participa de oficina com Márcio Meirelles

foto: Felipe de Paula

O elenco do 1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução Histórica, próxima montagem do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) participou de oficina Performance Negra com dramaturgo e diretor Márcio Meirelles. Ele trabalhou com os atores e atrizes técnicas de atuação relacionados às raízes da cultura afro-brasileira. Os encontros aconteceram na Tenda do TPI, na Avenida Soares Lopes, nas noites dos últimos dias 25 e 26.


Para o autor e diretor da peça, Romualdo Lisboa, a troca de experiências durante a oficina contribuiu para que o elenco imergisse ainda mais nos ritmos e movimentos do universo afrodescendente. “A peça que estamos montando fala sobre o levante dos escravos do Engenho de Santana. Mas, não queremos apenas contar um fato histórico. Nosso desejo é absorver os elementos que formam a cultura afro-brasileira e Márcio Meirelles possibilitou isso”, afirmou.

Diretor do consagrado Bando de Teatro Olodum, grupo de teatro soteropolitano formado por artistas negros, Márcio Meirelles é uma das referências do teatro negro no Brasil. Ele é responsável pelo texto e direção de espetáculos de sucesso como Cabaré da Rrrrraça e Ó Paí, Ó!, levado para as telas do cinema e da televisão.

O processo de montagem de 1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução Histórica segue com ensaios de segunda a sexta-feira. Além dos artistas do Teatro Popular de Ilhéus, o espetáculo conta com atores, atrizes, bailarinos e músicos do Terreiro Matamba Tombenci Neto, remanescente dos negros do Engenho de Santana. A previsão de estreia é 02 de julho.

Engenho de Santana

Para contar a história da primeira greve do Brasil, 1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução Histórica começa no futuro, em uma fábrica de processamento de cacau no ano de 2089. Nela, funcionários insatisfeitos, relembram o levante dos escravos ocorrido 300 anos antes. A partir disso, será contada a história de quando negros paralisaram seus trabalhos, tomaram o Engenho entre 1789 e 1791 e entregaram uma carta de reivindicações aos colonos. A produção é de Pawlo Cidade, através da entidade sociocultural Associação Comunidade Tia Marita. 

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