foto: Felipe de Paula |
O elenco do 1789 – Engenho de Santana – Uma Revolução
Histórica, próxima montagem do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) participou de
oficina Performance Negra com
dramaturgo e diretor Márcio Meirelles. Ele trabalhou com os atores e atrizes
técnicas de atuação relacionados às raízes da cultura afro-brasileira. Os
encontros aconteceram na Tenda do TPI, na Avenida Soares Lopes, nas noites dos
últimos dias 25 e 26.
Para o autor e diretor da
peça, Romualdo Lisboa, a troca de experiências durante a oficina contribuiu
para que o elenco imergisse ainda mais nos ritmos e movimentos do universo
afrodescendente. “A peça que estamos montando fala sobre o levante dos escravos
do Engenho de Santana. Mas, não queremos apenas contar um fato histórico. Nosso
desejo é absorver os elementos que formam a cultura afro-brasileira e Márcio
Meirelles possibilitou isso”, afirmou.
Diretor do consagrado
Bando de Teatro Olodum, grupo de teatro soteropolitano formado por artistas
negros, Márcio Meirelles é uma das referências do teatro negro no Brasil. Ele é
responsável pelo texto e direção de espetáculos de sucesso como Cabaré da Rrrrraça e Ó Paí, Ó!, levado para as telas do
cinema e da televisão.
O processo de montagem de
1789 – Engenho de
Santana – Uma Revolução Histórica segue com ensaios de segunda a
sexta-feira. Além dos artistas do Teatro Popular de Ilhéus, o espetáculo conta
com atores, atrizes, bailarinos e músicos do Terreiro Matamba Tombenci Neto,
remanescente dos negros do Engenho de Santana. A previsão de estreia é 02 de julho.
Engenho de
Santana
Para contar a
história da primeira greve do Brasil, 1789
– Engenho de Santana – Uma Revolução Histórica começa no futuro, em uma fábrica de
processamento de cacau no ano de 2089. Nela, funcionários insatisfeitos,
relembram o levante dos escravos ocorrido 300 anos antes. A partir disso, será
contada a história de quando negros paralisaram seus trabalhos, tomaram o
Engenho entre 1789 e 1791 e entregaram uma carta de reivindicações aos colonos.
A produção é de Pawlo Cidade, através da entidade sociocultural Associação
Comunidade Tia Marita.
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