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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Ente Vista com Nylson Valença - diretor do Coral da CEPLAC - por TACILA MENDES

foto: Tacila Mendes

O Coral dos Servidores da Ceplac (CSC) comemora neste mês de maio 15 anos de existência. Com mais de 300 apresentações ao longo da trajetória, o grupo é sempre muito bem recebido por onde passa. Nesta “Entre Vista”, o diretor social do CSC, Nylson Valença, conta como surgiu o coral em pleno ambiente institucional e como eles se consolidam com um trabalho de constante aprimoramento.

 - O CSC é considerado um grupo de referência pela qualidade técnica, repertório, organização. Qual o legado disso tudo para os grupos corais da região?

O que temos feito é disseminar a cultura do canto coral, inclusive estimulando a criação de outros grupos. Procuramos mostrar também que o canto coral pode ser modernizado na sua forma e no seu conteúdo sem perder a sua essência.  Com isto, estamos ajudando a desenvolver a cultura regional, que é um dos nossos objetivos.


- Como partiu a ideia de montar um coral dentro de uma instituição Federal?

Na verdade um interesse mútuo; da Instituição e de um grupo de funcionários.

- Como foi a experiência de montar um coral empresa há 15 anos atrás, onde a cultura coral era distante do ambiente de trabalho? Como a Ceplac reagiu a esta iniciativa?

Como a Ceplac também tinha um interesse em criar um Coral, foi tudo bem mais fácil.

- Fale um pouco da estrutura organizacional montada da Associação Coral dos Servidores da Ceplac.

O Coral dos Servidores da Ceplac é uma associação civil, sem fins lucrativos, constituído de funcionários da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira Ceplac (Km 22 da Rod. Ilhéus/Itabuna), ativos e inativos e de dependentes de servidores do Órgão. O Coral atualmente conta com 25 coristas, sendo 16 vozes femininas e 9 masculinas. A direção musical está a cargo da pianista e regente Deyse Gois. Nylson Valença é o diretor social e Kátia Machado diretora financeira.O Coral trabalha com repertório eclético, inspirado na essência musical holístico-humana e musicalidade da cultura brasileira compreendendo a popular brasileira, sacra, folclórica e natalina.

- Como são financiadas as atividades do CSC? Existem entidades parceiras que auxiliam o dia-a-dia do coral?

O Coral dos Servidores da Ceplac conta com o importante apoio da Ceplac que cedeu uma sala para os ensaios, nos libera um turno da tarde por semana para os ensaios e ainda nos ajuda nos fardamentos. Temos ainda o apoio da Cooperativa de Crédito mútuo dos funcionários da Ceplac, a Coopec que mensalmente nos repassa um valor para pagarmos as outras despesas com regente, material, etc.

- Quais as apresentações que merecem destaque? É possível precisar quantas apresentações foram realizadas até hoje?

Já fizemos mais de 300 apresentações. Já cantamos no Teatro Municipal de Ilhéus, no Centro de Convenções, no auditório da Uesc, no centro cultural de Itabuna, na Catedral de Ilhéus, em outras igrejas, em ambientes externos, etc. Fizemos apresentações ainda em Uruçuca, Buerarema, Taperoá, Teixeira de Freitas, etc. Gostamos de destacar principalmente os eventos que organizamos que foram encontros de corais em Ilhéus e em Itabuna.

- Quais são os pontos fortes e os que ainda precisam ser revistos para o aperfeiçoamento do grupo?

Precisamos sempre estar atentos a melhoria da qualidade do Coral, tanto no que diz respeito à técnica vocal como também à performance nas apresentações. Começamos a trabalhar com o que chamamos de espetáculo e não somente de apresentação. Isto, inclusive, serviu de estímulo para o próprio grupo. Fizemos oficinas de teatro e de dança para realizarmos as cantatas “Jesus aqui” que narra o nascimento de Cristo e a cantata “Jorge, filho da Bahia” em homenagem ao centenário de Jorge Amado.


- Existem situações inusitadas ou curiosas nessa trajetória que pode ser narrada?

Várias. A música não acabar e a platéia aplaudir. O teclado desligar em plena apresentação. Alguém que erra a farda e fica diferente, ou esquece a data da apresentação...

- São 15 anos de trabalho exaustivo e ininterrupto. Como os coristas se sentem quando olham para trás e percebem uma trajetória longa cheia de tantas emoções?

Alguns colegas que deixaram o coral, alguns por desistência, outros tiveram que deixar esta região. O que mais nos entristeceu, porém, foi a perda de quatro colegas que faleceram. Como “quem canta seus males espanta”, as alegrias são sempre maiores do que as tristezas, principalmente por continuarmos este trabalho que começou há 15 anos.

- Como será a programação comemorativa dos festejos do CSC?

Faremos uma apresentação festiva dia 7 de maio no restaurante da Ceplac no Km 22 da rodovia Ilhéus/Itabuna a partir das 14 horas com uma retrospectiva do nosso repertório da caminhada dos 15 anos. Ofereceremos um coquetel logo após a apresentação.  Ainda como parte das comemorações, durante o mês de maio, estaremos lançando o nosso site, faremos uma exposição de fotos na Ceplac. Em julho duas apresentações na Ceplac, em agosto apresentação em Ilhéus e em Itabuna no mês de setembro.

- O que a diretoria espera dos próximos 15 anos? 

Continuar trabalhando. Gravar um DVD, buscar renovação com os filhos e parentes de funcionários. Participar de festivais de corais em outras localidades. Desenvolver outros projetos, sempre atento ao novo.

- Deixamos um espaço aberto para agradecimentos e considerações finais.

Estamos preparando uma cantata em homenagem ao centenário de Vinícius de Morais, que provavelmente apresentaremos em agosto e setembro. Queremos agradecer a oportunidade e convidar a comunidade cultural da região a participar dos nossos eventos comemorativos que chamamos de “15 anos de amor ao canto coral”.


Tacila Mendes, 26 anos, é comunicóloga e especialista em  Audiovisual pela Universidade  Estadual de Santa Cruz.   Além de fotografar e dar aulas nesta área, se envereda pela produção cultural da região, escrevendo projetos  para captação de recursos e trabalhando  também como assessora de imprensa.  Fez parte da equipe da 1ª e da 2ª MUSA –  Mostra Universitária Salobrinho de Audiovisual;  do projeto Afrofilisminogravura; do 1º Festival de Cinema Baiano - FECIBA; o Bahia Sound System e do Memórias do rio Cachoeira.
Gosta também de cantar e faz parte do projeto "Mulheres em Domínio Público", do qual é uma das quatro intérpretes. 

2 comentários:

Tyara Valença disse...

Parabéns pai pelo belíssimo trabalho que vocês fazem com o coral. Realmente encanta quem os vê e ouve. Continuem com esse amor pela música. Tyara Valença.

Rita Valença disse...

Meu irmão e cunhado, estamos felizes e orgulhosos pelo seu empenho e amor pela música, mantendo viva nesses 15 anos a trajetória do Coral da Ceplac.Nylton e Rita Valença