foto: Clodoaldo Ribeiro |
Ilhéus é uma
das cidades baianas mais conhecidas do mundo. Nem tanto pelos turistas que
recebe e, sim, por ser ambiente de muitas obras do escritor Jorge Amado
(1912-2001), que morou no município e o divulgou em todo o mundo. No entanto,
aquela que já foi conhecida como São Jorge dos Ilhéus ainda reserva muitos
outros encantos. E foram eles que o telespectador pode conferir no Aprovado do
último sábado, 1º de dezembro, que foi ao ar às 8h35min, pela Rede
Bahia de Televisão.
Nas ruas de
Ilhéus, o ator e apresentador Jackson Costa, que também atuou na novela
Gabriela, da Rede Globo, fez um passeio pelos principais pontos turísticos e
culturais da cidade. Para contar a história do município, fundado em 1534, ele
recebeu o historiador André Rosa que revelou como, no começo, as terras da
então capitania produziam cana-de-açúcar e, posteriormente, madeira. "Já
no final do século XVIII, o governo português começou a sinalizar a introdução
comercial do cacau no Sul da Bahia", contou. O cacau, assim como Jorge
Amado, levou Ilhéus para o mundo de tão exportado que foi antes da queda
provocada pela vassoura-de-bruxa nos anos 90.
Por falar no
escritor centenário, Jackson visitou a Casa de Cultura Jorge Amado, onde o
poeta e contador de histórias, José Delmo, falou do seu trabalho, divulgando a
história e cultura ilheense através do teatro e da poesia. Para presidente da
Fundação Cultural de Ilhéus e homenageado especial no final do programa, Maurício
Corso, "o Aprovado fortaleceu o turismo cultural, abrindo uma janela
importante para a economia da cultura e a divulgação dos nossos artistas, da
nossa história e memória para toda Bahia". O diretor-geral, Sérgio
Siqueira, afirmou que "Ilhéus estava merecendo um programa histórico como
este".
No Convento e
Igreja de Nossa Senhora da Piedade, único conjunto arquitetônico do Estado a
conter uma capela em estilo gótico francês, Jackson conversou com Anarleide
Menezes, curadora do museu ali instalado: "Nossa intenção é mostrar aos
estudantes da casa e àqueles que também vêm nos visitar que o museu é dinâmico.
Ele existe porque as pessoas o fazem", assegurou.
O
telespectador ainda pode conhecer um pouco mais do trabalho do artista plástico
Goca Moreno, um projeto de preservação dos bichos-preguiça e viu locais que
fazem parte do imaginário e das páginas dos livros amadianos, como o bar
Vesúvio e o Bataclan, que um dia foi um prostíbulo, mas que hoje é um bar e
restaurante. Foi de lá que os grupos Improviso Nordestino, O Quadro e Banda
Manzuá mostraram a música fabricada na região. Ilhéus foi revisitada pelo
programa e a Bahia aprovou.
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